Popularmente conhecida como “hormônio do sono”, a melatonina é responsável por regular as mudanças biológicas que ocorrem no nosso corpo, especialmente no período noturno, com o objetivo de estimular o sono.
Tal hormônio é produzido de forma natural pelo nosso cérebro e se intensifica quando nosso metabolismo está desacelerado e quando há baixa luminosidade e ruído no ambiente em que estamos.
Sendo assim, é necessário evitar exposição à luz solar e artificial, sons e até mesmo comer no período noturno, pois essas ações aceleram o metabolismo e diminuem a liberação de melatonina, afetando diretamente nosso sono.
Mas se engana quem pensa que a melatonina está presente somente nos seres humanos. Também é possível encontrar esse hormônio em outros seres vivos, como animais, plantas e até alimentos.
Ritmo
De modo geral a melatonina compõe o ritmo circadiano do nosso corpo, ou seja, um período de aproximadamente 24 horas onde ocorrem mudanças físicas, mentais e comportamentais.
Durante o dia a liberação de melatonina é comumente menor, principalmente pela exposição à luz. Outros fatores que inibem a produção desse hormônio no período diurno são os barulhos e o metabolismo acelerado pelas refeições ao longo do dia.
Na maior parte da população a produção de melatonina é reduzida com o envelhecimento, e esse é um dos motivos pelo qual a maioria dos adultos e idosos têm dificuldade para dormir, tendo que enfrentar a insônia, por exemplo.
Alimentação
Você pode até não saber, mas é possível aumentar a produção de melatonina através do consumo de alguns alimentos.
Os nutricionistas de um modo geral recomendam os seguintes itens:
- Óleo;
- Arroz integral;
- Cereais;
- Trigo;
- Aveia;
- Cevada;
- Sementes;
- Banana;
- Uva;
- Morango;
- Kiwi;
- Cereja;
- Ovos;
- Carne;
- Peixes;
- Leite;
- Tomate;
- Entre outros.
Os especialistas ainda fazem um alerta para as pessoas que não conseguem dormir com facilidade. Do ponto de vista alimentar, é importante adotar uma dieta rica em frutas, verduras e legumes e evitar os alimentos ultraprocessados.
Nesse caso, procurar por um acompanhamento médico é fundamental, especialmente para uma reeducação alimentar saudável e adequada para cada tipo de metabolismo.
Benefícios
Agora que você já sabe o que é melatonina e como ela funciona no nosso organismo, chegou a hora de conhecer alguns dos principais benefícios desse hormônio para o corpo humano.
Qualidade do sono
Até aqui podemos observar a importância da melatonina para o sono, mas um dos principais benefícios desse hormônio também está relacionado ao aumento da qualidade do sono e redução no tempo que se leva até adormecer.
Ação antioxidante
Além dos efeitos na regulação do sono, a melatonina também atua como antioxidante e combate os efeitos nocivos de algumas substâncias que causam danos celulares ao nosso corpo, proporcionando o bom funcionamento do nosso organismo, o fortalecimento do sistema imunológico e prevenindo diversas doenças psicológicas.
Combate ao câncer
Alguns estudos mostraram que a melatonina fortalece o tratamento contra vários tipos de câncer, além de ter demonstrado propriedades antitumorais em ensaios laboratoriais. O hormônio também auxilia no alívio dos efeitos da quimioterapia.
Ph do estômago
A melatonina também é capaz de ajudar a reduzir a produção de ácidos e óxido nítrico no estômago, regulando o ph e até reduzindo o refluxo, uma doença digestiva que ocorre a partir do retorno do suco gástrico para o esôfago, gerando inflamação, azia, tosse seca, entre outros sintomas e que afeta aproximadamente 12% da população brasileira.
Suplementação
Apesar de ser um hormônio naturalmente produzido pelo corpo humano, algumas pessoas que possuem baixo índice de melatonina podem recorrer à suplementação a partir de recomendação médica.
Geralmente a suplementação é indicada em dose igual ao que o corpo humano consegue produzir para não causar efeitos colaterais.
Os suplementos como o Melatonin ou remédios como a Melatonina DHEA são vendidos em doses que começam em 1 mg por cápsula podendo chegar até 10 mg.
É necessário começar com a dose mais baixa que deve ser ingerida até 30 minutos antes de dormir. O uso da melatonina durante o dia não é recomendado, pois irá desregular totalmente o ritmo circadiano. A dosagem pode ser aumentada conforme orientação médica.
A presença de efeitos colaterais ocasionados pelo uso de melatonina é rara, mas já foram registrados casos de cansaço ou sonolência durante o dia, falta de concentração, sonhos intensos ou pesadelos, náuseas e aftas após o uso contínuo de melatonina.
É importante ressaltar que a prescrição médica é imprescindível para a suplementação adequada da melatonina, pois somente o profissional poderá indicar a hora e a dosagem certa.
Da mesma maneira que outros medicamentos que atuam no sistema nervoso, os suplementos podem levar algumas semanas para resultarem e, finalmente, regular o ritmo circadiano.
Em alguns casos a suplementação também é indicada para crianças. No entanto, o consumo em excesso pode causar convulsões. Outro alerta deve ser feito para mulheres grávidas ou que estão em fase de amamentação. O consumo de melatonina não é indicado nesse período. Descubra mais sobre a melotonina, na Dermo Manipulações.