O Brasil tem uma população envelhecida, com um aumento associado na prevalência de doenças crônicas. A osteoporose pós-menopáusica é particularmente preocupante porque conduz a um aumento do risco de fraturas, com subsequentes impactos negativos na saúde das mulheres mais velhas.
Nos últimos anos, foram feitos esforços para entender melhor a epidemiologia da osteoporose no Brasil, e para gerenciar custos diretos e indiretos para o sistema de saúde brasileiro. A prevalência relatada de osteoporose entre as mulheres pós-menopáusicas no Brasil varia de 15% a 33%, dependendo da metodologia do estudo e do uso de dados de densitometria óssea ou auto-relato pelos participantes. Um diagnóstico de osteoporose pode ser feito com base em fraturas que ocorrem sem trauma significativo ou com base na baixa densidade mineral óssea medida por absorção de raios-X de dupla energia.
Para reduzir o risco de osteoporose, todas as mulheres pós-menopáusicas devem ser encorajadas a manter um estilo de vida saudável, que inclua atividade física e uma dieta equilibrada. O consumo de tabaco e de álcool também deve ser abordado. Deve ser dada especial atenção às intervenções destinadas a reduzir o risco de quedas, especialmente entre as mulheres mais velhas. A ingestão de cálcio deve ser encorajada, de preferência através de dieta. A decisão de recomendar suplementação com cálcio deve ser tomada individualmente porque existe preocupação quanto a um possível aumento do risco de doença cardiovascular associado a este tratamento.
As mulheres brasileiras obtêm uma quantidade mínima de vitamina D de sua dieta, e a suplementação é justificada em mulheres com pouca exposição à radiação solar ultravioleta-B. Em mulheres diagnosticadas com osteoporose deve ser iniciada alguma forma de terapêutica farmacológica. A conformidade com o tratamento deve ser monitorada, e o período de tratamento deve ser individualizado para cada paciente. O Governo Brasileiro fornece medicamentos para a osteoporose através do sistema de saúde pública gratuitamente, mas sem conhecimento epidemiológico adequado, a implementação de programas de saúde pública é prejudicada.